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Próstata: Câncer e Hiperplasia Benigna

1. Fiz cirurgia da próstata há pouco mais de um mês. Como seqüela fiquei com incontinência urinária, principalmente quando estou em pé. O que devo fazer para acabar com esse problema?

A cirurgia de próstata pode produzir incontinência urinária transitória em alguns pacientes. Este problema é relativamente comum. Pelas estatísticas, em 75% dos casos é decorrente da presença de uma alteração na bexiga, já existente previamente ou de surgimento recente. Algumas vezes os casos podem ser complicados pela presença concomitante de infecção urinária. A incidência de incontinência urinária definitiva é rara (menor que 5% dos casos operados). Na maioria das vezes o quadro pode ser controlado com medicamentos, controle da ingestão hídrica e exercícios para reforçar os músculos do períneo. Muitas vezes o quadro regride espontaneamente sem necessidade de intervenções. Todavia, não é possível afirmar qual é a melhor solução para o seu caso sem examiná-lo. Procure o seu urologista para obter maiores esclarecimentos.


2. Tenho 44 anos e há mais de 10 anos que o meu nível de PSA vem aumentando, estando hoje em dia na faixa de 31. O tamanho da próstata está normal. Fiz biópsia e não acusou nada assim como o ultra-som da via urinária e da próstata. O que pode ser esse aumento do PSA?

O PSA pode aumentar a estes níveis no câncer de próstata e na prostatite crônica. Quando o toque retal é normal e a biópsia é negativa, está indicada a repetição da biópsia com sedação para que seja aumentado o número de fragmentos para análise (em alguns casos até 20 fragmentos). Também é indicado fazer biópsia de uma região da próstata chamada zona de transição. Nesta área da próstata é incomum surgir câncer, porém, quando ocorre, o PSA eleva-se a níveis maiores que os habituais. Apesar disso, a possibilidade de cura com um tratamento adequado ainda existe. Há casos em que o diagnóstico é difícil e a única saída que resta ao paciente e ao médico é a repetição da biópsia de próstata periodicamente (cada quatro meses). Na prostatite crônica o PSA pode elevar-se rapidamente. Todavia, após tratamento prolongado (30 a 60 dias) com antibióticos adequados, os níveis devem se normalizar. O seu caso parece ter evolução incomum, uma vez que aos 44 anos o senhor já estava realizando exames de PSA. Há dez anos o conhecimento sobre o significado das elevações de PSA não era como o de hoje. Também, as técnicas de dosagem do PSA evoluíram nesse tempo. Não é possível fazer uma avaliação correta do seu caso sem conhecer todos os detalhes da evolução e sem examiná-lo. Procure um TiSBU para obter maiores esclarecimentos.


3. Após me submeter a uma cirurgia radical da próstata passei a ter certa dificuldade de ereção. Quais as indicações médicas para suprir essa disfunção?

A dificuldade de ereção que ocorre após a prostatectomia radical pode melhorar com o tempo. Por isso, até um ano após a cirurgia, os TiSBU geralmente recomendam medidas mais simples como medicamentos administrados por via oral, injeções intra-cavernosas e próteses à vácuo. É importante, durante esse tempo, que o paciente tente ter relações freqüentemente, pois há indícios de que esta atitude acelera a melhora da disfunção erétil. Se o problema persiste após um ano, geralmente recomenda-se a cirurgia de implante de prótese peniana. Existem vários tipos e modelos de próteses e você pode discutir as vantagens e desvantagens de cada uma com seu TiSBU. Em casos onde o paciente já apresentava alguma alteração na função sexual antes da prostatectomia radical, ou naqueles em que houve necessidade de se remover os nervos da ereção, algumas etapas podem ser puladas e a cirurgia de prótese pode ser recomendada antes. Encontra-se em fase experimental uma pesquisa para reconstrução do nervo da ereção, utilizando-se fibras nervosas do tornozelo do paciente.


4. Recentemente, meu pai com 77 anos teve diagnosticado um câncer de próstata. A biópsia realizada retirou 14 fragmentos da próstata. Desses, dois deles possuíam células cancerígenas com níveis de 10% e 50%. O nível foi Gleason 6.0, (3+3). Consultamos um primeiro médico que indicou cirurgia. Já um segundo médico sugeriu tratamento com hormônios, garantindo uma qualidade de vida de pelo menos dez anos, sem cirurgia, comprovados por vários pacientes dele. Como devemos proceder? Noto que em ambas as consultas aos médicos, me pareceu que a decisão caberia ao paciente. Vocês poderiam me sugerir uma conduta mais correta? Se a conduta for voltar ao médico, que tipo de questionamentos ou explicações devo fazer para que possamos tomar uma decisão?

Seu pai tem um tumor de próstata bastante pequeno, descoberto após os 75 anos de idade. Esta condição sugere que o tumor é pouco agressivo e provavelmente tem crescimento muito lento. É preciso se certificar que o nível de PSA esteja baixo e que o tumor esteja localizado somente na próstata. Sendo assim, as condutas podem variar entre as seguintes opções: prostatectomia radical (remoção cirúrgica da próstata); radioterapia; hormonio terapia e apenas observação. As duas primeiras condutas têm intenção de curar a doença e são indicadas em pessoas que têm expectativa de sobrevida maior que dez anos (ou seja, que não tenham outras doenças concomitantes, que tenham boa saúde em geral, antecedente de longevidade na família, etc.) e que tenham desejo de curar a doença. As outras duas condutas não vão curar a doença e são indicadas para aquelas pessoas que têm outras doenças ou fatores de risco que limitam a expectativa de sobrevida. Há alguns anos, um estudo realizado nos países nórdicos, observou a evolução de homens com tumores detectados em situação clínica semelhante à do seu pai e que se recusaram a fazer qualquer tratamento. Após dez anos, este grupo de homens, comparado a um grupo semelhante que fez tratamento, apresentou a mesma mortalidade. Ou seja, o tratamento não aumentou a expectativa de vida nesta faixa etária. No entanto, há muitos questionamentos quanto a esta pesquisa, porque se acredita que, mesmo assim, a cirurgia ou a radioterapia deveria ser realizada porque melhoram a qualidade de vida. O assunto é bastante controverso. Por isso não é surpresa o fato de você ter encontrado opiniões divergentes. Não existe uma conduta correta para todos os casos e sim para cada caso específico. A decisão deverá ser tomada em conjunto entre o paciente e seus familiares e o médico.


5. Para quem fez tratamento de braquiterapia para adenocarcinoma usual da próstata, quanto tempo após o término do tratamento o PSA deve começar a baixar ?

Alguns fatores podem influenciar a resposta ao tratamento, tornando a resposta do PSA mais rápida ou mais lenta. O estágio da doença no início do tratamento é importante, assim como o uso concomitante de medicamentos que fazem bloqueio hormonal pré-tratamento. Mas, de um modo geral, o PSA começa a diminuir após 60 dias do término da braquiterapia. Essa queda do PSA pode ocorrer gradativamente até 18 meses após a braquiterapia. Nem sempre o valor de PSA chega a níveis menores que 1 ng/dl.


6. Recentemente fiz um exame de toque retal e o médico diagnosticou hiperplasia prostática benigna. O exame de PSA mostrou o resultado normal. Não sinto qualquer dificuldade para urinar. Que poderia fazer para evitar o aumento prostático? É possível reduzir o tamanho sem cirurgia?

A hiperplasia benigna de próstata exige tratamento apenas quando o paciente tem dificuldade para urinar. No seu caso, teoricamente, não há necessidade de tratamento algum. Há medicamentos que podem reduzir o tamanho da próstata. No entanto, não existe garantia de que o uso deste medicamento possa evitar complicações (cirurgia, por exemplo) futuras. O assunto é controverso e pesquisas estão sendo conduzidas para avaliar essa possibilidade. No entanto, alguns médicos têm sugerido manter o tratamento com finasteride, um dos medicamentos que reduz o tamanho da próstata, desde que o paciente aceite arcar com os custos e com a dúvida se está ou não prevenindo complicações.


7. Há 40 dias, iniciei o tratamento de HBP utilizando a droga Finastenide 5 mg, com dosagem de uma cápsula por dia. Após 30 dias de iniciado o tratamento, percebi diferença entre o tamanho das mamas. Como tenho obesidade moderada, não sei dizer se a mama direita diminuiu ou se a esquerda aumentou. Por exame clínico afastamos a possibilidade de nódulo, ou seja, nada anormal foi constatado pelo exame clínico. Este efeito tem ligação com a droga? Qual outro efeito colateral posso esperar? Senti também uma diminuição no desejo sexual e orgasmo menos intenso desde o início do tratamento.

O Finasteride é um medicamento que inibe a transformação de testosterona em di-hidro-testosterona, um composto que estimula a próstata a produzir seu líquido. Esta transformação ocorre no interior da célula prostática e teoricamente não deveria produzir efeitos nas mamas ou no libido. No entanto, observa-se que até em 10% dos pacientes tratados podem ocorrer efeitos colaterais que são decorrentes de deprivação de testosterona. Por outro lado, estes efeitos são reversíveis com a interrupção do tratamento. Você precisa consultar seu médico urologista para saber se os efeitos observados são decorrentes do uso do medicamento e se existe necessidade de substituí-lo.


8. O Exame PSA sangüíneo e a Ultrasonografia da próstata são suficientes para um diagnóstico ou é imprescindível, também, o toque retal?

O toque retal é necessário, pois existem casos em que o PSA e a Ultrassonografia não conseguem dar o diagnóstico de câncer de próstata. Caso tenha outras dúvidas estaremos às órdens para esclarecê-lo.

Fonte: Sociedade Brasileira de Urologia

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